Homenagem a
Kounellis surgiu ao ler entrevista de Jannis Kounellis em que afirma que usa certos
materiais no trabalho, influenciado pela “vivência” em região portuária.
E isso coincide
com definição (dentre inúmeras) de que arte também pode resultar de “vivência e
cultura”.
Na infância e
adolescência vivi em bairro a contornar indústria de carbureto e ferro silício,
e fiz desenhos daqueles fornos, além de ver os produtos resultantes nas
fundições, e os materiais ali utilizados: cal, carvão, pedra cristal, sucata...
(e sempre usei essas matérias em instalações ou objetos).
Daí minha
fascinação por fundições não especializadas em obras de arte, e que geram
cópias ou próteses precárias, arcaicas reproduções... O que possibilita, por ironia, remeter a Walter
Benjamin: “A obra de arte na época de suas técnicas de reprodução”.
E são reproduções, além do molde original, a
base desse trabalho: 10 reproduções em alumínio fundido em 1996, uma reprodução
fotográfica, e plotagem do “esboço/projeto” da obra.
Portanto, treze
objetos formam o conjunto dessa instalação.
César Brandão
março / 2013
Nenhum comentário:
Postar um comentário